domingo, 1 de maio de 2011

Olha que legal!

Ser um homem feminino - Artigo de Guto Angélico


Por Guto Angélico - Visto no  gay1

Nem tudo são flores mas flores são tão lindas, delicadas e necessitam tanto de atenção.E assim começo este texto: Delicados, frágeis, românticos e temperamentais, essas são as características das personagens de hoje. De acordo com a visão midiática são os histéricos, engraçados, são os cabeleireiros, estilistas de novelas. São bichinhas, mulherzinhas , viados, afeminados (o termo correto é efeminados) Mas na verdade quem são eles?

Segundo Foucalt são sabotadores e marginais da heteronormatividade. São a tropa de choque da visibilidade gay. E ele tem razão, são eles que sofrem a agressões, que são apontados por serem diferentes. Além disso são tidos como a vergonha da espécie gay. “Pare de dar pinta”, “Fale como homem”, “Não use maquiagem” são frases que eles ouvem mais de 10 vezes ao dia. É muito comum ler em salas de bate-papo, chats o seguinte: “Nada contra mais não curto afeminados”, “Curto homens”. Homofóbicos como Rica Perroni dividem em duas classes: Gays e Viados . Desde quando ter características mais femininas te fazem mais gay que o outro? Até onde eu sei, os dois sentem o mesmo tipo de desejo e atração pelo sexo semelhante e geneticamente são iguais.

“ São eles que conquistam o espaço. Espaço este que muitos gays "não concordo com os efeminados" usufruem sem se quer ter movido uma palha - Gays estes que, sozinhos com amigos feminilizam-se de 'brincadeira'. (Cláudio DeLarge ) ”

Para mim eles não são vítimas, são sobreviventes, são vencedores de uma batalha diária por respeito, apenas isso respeito. De uns tempos pra cá, felizmente as coisas parecem estar mudando, de personagens caricatos da tv , estão passando a os dar um maior espaço, porque querendo vê-los ou não eles estão por toda parte é o Maxxie de Skins , o Kurt de Glee, o Ian de 90210 provando que são humanos e tem conflitos como qualquer um de nós.

Agora eu faço uma pergunta e quero que tirem pelo menos 10 segundos do precioso tempo de vocês para pensarem sobre. Vocês acham mesmo que eles forçam ser assim? Que mudam voz, gesticulam demais e usam roupas diferentes por sede de atenção? Se sua resposta foi sim, você faz parte da maioria ou seria da parcela ignorante da população? Eles nascem assim, eles são assim, sua essência é essa e muitas vezes eles não percebem que dão pinta. E se derem, qual o problema? Por que eles não podem ser fashion e ousados? Por que não podem sair maquiados? Por que não podem dançar e gritar as músicas de suas divas? Eles não querem ser mulheres, eles querem ser eles.

Já dizia o poeta “Ser um homem feminino não fere o meu lado masculino”. São homens como, eu, como você, como o hetero pegador da esquina, como o casado com filhos atravessando a rua. Eles apenas sentem, choram e são mais delicados, carinhosos, amigos, e o que há de ruim nisso? Vejo um quê de belo, de poético, isso é vida, isso é arte. Não é à toa que são criativos, são idealizadores e empreendedores natos. Há aqueles que nascem divas, sabem como chegar e sair sempre deslumbrantes. Outros nasceram com sentimentos apurados, são os conselheiros, os melhores amigos, os bons filhos.

Eu sei que vocês sofrem, sei que não agüentam mais se verem caricaturados em programas de tv , que choram a noite baixinho, que tem sonhos e que muitas vezes desacreditam neles. Levantem-se e lutem! Se unam só vocês sabem o que passam. Eu sei também que muitos de vocês nunca vão assumir que são afeminados, que fecham os olhos para tudo isso. Eu entendo, assumir seria para muitos ser o fim da vida social. Ser gay , se assumir gay é tendência hoje, é algo falado, discutido, ato de coragem mas abrir a gaveta do armário e se assumir afeminado é quase uma sentença de morte na nossa sociedade.

Sei o quanto é difícil para muitos ter alguém. Os caras sempre somem pós primeiro encontro e você fica se perguntando aonde eu errei? Por que sou assim? Os proíbo de pensarem isso de novo. Quero que pensem que se alguém não os aceita ou tem vergonha de vocês, não merece chegar perto desde coraçãozinho. E o amor? Ah o amor acontece quando estamos bem com nós mesmos. Ele flui rapidamente quando emitimos boas vibrações. Até porque não a nada mais bonito que nos amarmos, com nossos defeitos e imperfeições. Se nossas qualidades são vistas como defeitos pelos outros, o que nos resta a fazer é acreditar que um dia deixarão de evitar o espelho.

Você já se olhou no espelho hoje? Já viu o quão belo você é? Viva! Seja você! Dance, cante, se pinte, dê pinta, grite, vista-se e não mude a sua essência.

“Balanço o cabelo e arrebito o nariz, o que eles dirão de mim, para mim pouco importa e dai to tão bem” (Roupa de Ontem – Anna Livia)

E quer saber? Danem-se os rótulos. E nunca deixe de fazer o que te faz bem. Eu particularmente amo usar maquiagem e se isso fere código de ética ou mancha a imagem da sociedade gay. Que eles vão a merda! Os outros são os outros. Por que somos feitos de diferenças e elas dão as cores e o brilho a vida. E eu não quero viver uma vida sem cores. #Tricotei!


Casal de lésbicas cria a primeira clínica de fertilização para homossexuais no Reino Unido

Visto no Blog Direito das Famílias

Um centro de fertilização especial para casais gays abriu suas portas em Birmingham, no Reino Unido, no começo desta semana. A ideia, que tem provocado polêmica entre grupos religiosos, surgiu do casal de lésbicas Natalie Drew, 36, e Ashling Phillips, 32, a partir de suas próprias experiências quando decidiram ter uma família.

Hoje mães de Gianna, 5, e Kai, 2 (Natalie engravidou de Gianna e Ashling, de Kai), elas contaram, em entrevista à CRESCER, que muitas vezes o casal do mesmo sexo que deseja ter um filho não recebe o suporte necessário de que precisa. Além do desgaste emocional, os casais ainda sofreriam prejuízos financeiros, quando são orientados, por exemplo, a fazer um tratamento de fertilidade desnecessário.

Foi o que aconteceu com elas em 2006, quando decidiram ter outro bebê – o Kai. “Fizemos inseminação artificial por quatro meses, enquanto Ash estava ovulando, mas ela não engravidava. Nas consultas com o nosso médico, ele estava mais interessado em testar o doador [queria que ele fizesse contagem de espermatozoides e teste de fertilidade] do que saber por que Ash não estava conseguindo engravidar”, conta Natalie. Alguns exames, aliás, Ashling realizou em uma clínica particular, o que custou cerca de R$ 6.500, sem necessidade. “Ele mesmo poderia tê-los feito, mas não estava disposto porque não estávamos tentando conceber pelo método natural”, diz.

Depois de mais dois meses insistindo com o mesmo doador, Ash engravidou. Foi, então, que Natalie criou um site básico para ajudar outros casais gays. O objetivo foi evitar que o casal passe por constrangimentos, como ter de dar explicações sobre por que estão buscando doadores.“Em 2010, o site passou por uma remodelagem e hoje conta com um banco de dados de 4 mil mulheres no Reino Unido, 600 doadores de esperma e 250 doadores de óvulos.

Este mês, elas inauguraram o Gay Family Web Fertility Centre, que, além de fazer essa ponte entre quem está procurando doadores e os doadores, também oferece consultoria para gays que querem constituir uma família, desde o início das tentativas para ter o bebê até após o nascimento. “Se o cliente precisar de uma clínica para fazer tratamento, temos algumas em que vamos trabalhar em conjunto, para garantir que ele receba o tratamento que ele/ela precisa”, diz Natalie. Apesar das críticas que têm recebido, o apoio da família, amigos e das comunidades gays não tiram a alegria do casal em ajudar na formação de novas famílias.

FONTE – Revista Crescer

20 de junho é dia de campanha para registrar união civil no Brasil #quemsabeeucaso


Por Hélio Filho para Mix Brasil 
Militância brasileira vai fazer em junho campanha a favor da união civil no País.
A união civil promete ganhar um impulso grande com uma campanha que pretende levar aos cartórios de todo o Brasil casais que queiram assinar sua união estável. Coordenada pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), a iniciativa marcou 20 de junho deste ano como o dia em que todos os casais de mesmo sexo devem ir até os cartórios de suas cidades registrar suas uniões.

“Queremos mostrar que existe essa discriminação, estamos mobilizando as entidades para que os casais procurem os cartórios e recebam um não”, explica Toni Reis, presidente da ABGLT, que pretende mobilizar suas pelo menos 235 afiliadas para executar a ideia.

Ele acredita que é um primeiro passo rumo à cidadania plena, já que a união estável não garante todos os direitos como pensão pós-morte e herança. “As pessoas estão casadas, vivendo juntas e não podem usufruir da proteção do Estado.” Mesmo que o cartório se negue a registrar a união, vale a visibilidade, ir até lá dizer que existe a demanda pelo registro.